Antes de mais, fica aqui o convinte para aparecerem hoje à noite no Chapitô para uma conversa sobre o e-book, no âmbito do ciclo Para Acabar de Vez com a Leitura. Sou eu, o Carlos da Veiga Ferreira, o José Mário Silva, o Miguel Miranda, o João Tordo (embora o nome dele não apareça no cartaz) e o Nuno Seabra Lopes. A moderação é da Eurídice Gomes.
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A tosse não passa. Ontem, numa nova radiografia ao tórax descobri que há neblina branca e esfiapada sobre o meu pulmão direito, como se fosse manhã cedo dentro do meu peito e o sol ainda não tivesse subido. Não parece mau tempo, tem aspecto de clima ameno, mas a tosse violenta que me provoca é de temporal.
Para os mais atentos: sim, é ainda o mesmo temporal que me assaltou há um mês atrás. O vento não tem soprado com a força necessária para levar com ele as nuvens.
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Estive dois dias no Porto para a Feira do Livro. Primeiro no debate sobre Novos Autores Portugueses. A conversa foi óptima, mas quase poderia ter acontecido ali como no restaurante onde jantámos antes. Porque havia pouco mais de dez pessoas na assistência. E eu sei que estávamos a falar de coisas habitualmente chatas como são os livros e os escritores, e que era nove e meia da noite de uma sexta-feira, e que a dimensão da Feira do Livro do Porto é consideravelmente menor em relação à de Lisboa, e que nenhum dos convidados sentados à mesa era uma mega-estrela da literatura nacional. Mas, ainda assim, alguma coisa está a falhar. Tenho a certeza de que há mais gente no Porto e arredores interessada em assistir a uma conversa deste tipo. No entanto, por algum motivo obscuro, a mensagem não chegou a essas pessoas. E o problema não é só do Porto. Tem-me acontecido, de vez em quando, um pouco por todo o lado, mesmo fora de fronteiras.
No sábado houve autógrafos e conversa com amigos do Porto, escritores, editores, jornalistas e simples civis.
E também boa comida e óptimo tempo.
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Ontem, no mesmo dia em que fiz a radiografia, fiz anos. Não me senti um ano mais velho, senti-me um ano com mais tosse.
Aproveito para agradecer todas as mensagens no facebook, e-mails, sms, telefonemas. É muito bom estar assim rodeado de amigos.
Quero partilhar duas mensagens que recebi. Uma do Paulo Freixinho, esse fanático inveterado das palavras cruzadas portuguesas, que me ofereceu este retrato.
E uma mensagem encriptada do Carlos da Cruz Luna:
SNÉBARAP!!!!!!!!!!!!
muito apropriada, claro, mas apenas perceptível para quem leu DEIXEM FALAR AS PEDRAS. Aliás, em breve quero escrever aqui sobre essas duas páginas do romance.
Obrigado, David, pela referência... :-)... Quanto ao facto da pouca assistência, pois... as pessoas andam entretidas - distraídas - com outras coisas... e depois com debates intitulados "Para Acabar de Vez com a Leitura", não te admires... a tecnologia está a afastar as pessoas das coisas mais físicas, tais como debates com escritores, por muito interessantes que eles sejam (depois assistem ao vídeo no Face)... isso, se tiverem tempo para clicar nele: mais de 5 minutos, não vêem... ;-)...
ResponderEliminarClaro que há excepções...
Vou ficar à espera do post sobre as tais duas páginas... as melhoras e um abraço...
Grande noite, ontem.
ResponderEliminarA sua participação, a sua atitude, levou-me a comprar o seu livro; ouvir o que as pedras têm para me dizer
Até breve