Quando eu tinha vinte anos, fui viver para Itália. Estudei lá, no âmbito do programa Erasmus, durante um ano. Em Genova. Fiz muitos amigos. Aprendi a afastar-me do meu mundo e a aproximar-me do Mundo. E conheci a língua italiana, que creio maravilhosa e que, ainda hoje, de vez em quando, se atravessa nos meus pensamentos. Aliás, sempre que um texto meu é publicado em Itália, fico com a sensação de que o escrevi em português apenas para que pudesse ser traduzido para italiano.
E agora o Deixem Falar as Pedras foi publicado em Itália. Essa sensação é mais forte do que nunca.