Como os anteriores workshops que orientei, este também vai ser na Escrever Escrever (em pleno Largo do Camões). As inscrições estão abertas, as vagas são limitadas e as estatíticas revelam que as cadeiras na sala ficam sempre todas ocupadas.
São seis sessões ao longo de seis semanas, a começar no dia 10 de Outubro.
Mais informações aqui.
E eu nunca tinha pensado fazer isto, ser "professor", passar conhecimentos, porque nunca me achei dotado de conhecimentos suficientemente relevantes para serem passados. Mas há cerca de um ano a Conceição Garcia (da Escrever Escrever) perguntou-me se eu queria estruturar um curso à volta de escrita de livro infantil e eu disse que sim, sobretudo porque me pareceu importante (para mim, antes de mais) organizar as ideias em relação a algo que sempre fiz guiado por instintos. Não é fácil: transformar instintos em critérios racionais.
Só que a verdade é que estes cursos não são tanto uma passagem de conhecimentos, mas antes uma troca de ideias constante, uma reflexão em grupo sobre narrativas e personagens e palavras. E eu não sei se isto está certo, mas eu aprendo também, eu descubro novas formas de olhar para as palavras através dos pensamentos dos meus "alunos".
E falta falar do meu espanto. Porque eles ouvem-me e quase todos estão dispostos a forçar os seus limites e a largar mão de fórmulas lógicas que os acompanham há muito tempo. No final do curso, quase todos partilham a opinião de que não iam à espera que fosse tão difícil, eles pensavam que escrever um livro era mais simples. A qualidade dos contos que escrevem não é o mais importante, ainda que alguns sejam promissores. Ninguém escreve um bom conto à primeira tentativa. Nem à segunda. Nem à décima quinta. O mais importante é isto: depois daquelas seis sessões eles sabem que se começa a escrever uma narrativa muito antes da primeira palavra surgir no papel ou no ecrã e que o último ponto final da história está longe de ser o final do trabalho. E saber que eles sabem isso deixa-me sempre tão feliz.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Já há coisas a acontecer mas ainda não se podem ver
Três semanas de silêncio aqui no blog para: 1) Voltar a trabalhar no romance que ficou pendurado durante as férias. 2) Gerir a desarrumação da casa por causa das obras que fizemos numa das divisões. 3) Não sou capaz de identificar exactamente um terceiro motivo, é mais uma longa soma de pequenos motivos diários.
Entretanto, as obras terminaram, restou a desarrumação e uma poeira fina que andou vários dias a pairar no ar e por fim assentou em tudo o que há na casa.
E o romance avançou. Isso era importante para mim. Durante as férias escrevi pouco mais de cinco páginas, as ideias e as palavras acumularam-se e andava engasgado.
...
Por outro lado, a agenda do próximo ano começa a assumir contornos. Em breve deixo aqui as visitas a escolas e bibliotecas já confirmadas. Há também dois ou três projectos com os quais já aceitei colaborar, no entanto, ainda é cedo para falar sobre isso.
...
E o José Mário Silva colocou finalmente no seu blog a recensão que escreveu sobre DEIXEM FALAR AS PEDRAS na revista LER de Junho.
Entretanto, as obras terminaram, restou a desarrumação e uma poeira fina que andou vários dias a pairar no ar e por fim assentou em tudo o que há na casa.
E o romance avançou. Isso era importante para mim. Durante as férias escrevi pouco mais de cinco páginas, as ideias e as palavras acumularam-se e andava engasgado.
...
Por outro lado, a agenda do próximo ano começa a assumir contornos. Em breve deixo aqui as visitas a escolas e bibliotecas já confirmadas. Há também dois ou três projectos com os quais já aceitei colaborar, no entanto, ainda é cedo para falar sobre isso.
...
E o José Mário Silva colocou finalmente no seu blog a recensão que escreveu sobre DEIXEM FALAR AS PEDRAS na revista LER de Junho.
Subscrever:
Mensagens (Atom)