sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Índice Médio de Felicidade

Há muita coisa para contar, muita coisa a acontecer. Vamos começar pelo princípio. O meu novo romance. Chama-se Índice Médio de Felicidade. Vai ser publicado no dia 3 de Setembro.



É um livro sobre felicidade e esperança: um homem em crise numa época de crise. O absurdo sempre me fascinou e o nosso mundo tornou-se de repente num lugar onde todos os absurdos parecem fazer sentido.

Há muito tempo que queria escrever esta história. A felicidade foi sempre muito importante para mim. E depois, nos últimos anos, sobretudo após o nascimento dos meus filhos, surgiu em mim uma ideia de futuro que não existia de todo antes. De modo que é um romance sobre o futuro, da mesma forma que o Deixem Falar as Pedras era um romance sobre o passado.

Agora o livro está escrito, algumas pessoas (próximas) já o leram, e espero que muita gente mais o leia. Quero muito falar com as pessoas sobre este livro, não tanto para saber se gostaram ou não, mas para conhecer os pensamentos que lhes surgiram ao lê-lo.

Entretanto, enquanto o romance não está nas livrarias, podem ir sabendo mais sobre o livro aqui no blog ou então na página de facebook do Índice Médio de Felicidade.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Jantar Literário

Sexta-feira jantei em Aveiro. Mas mais do que com a barriga cheia, vim de lá com o ego cheio.

A Isabel Ribeiro, mulher extraordinária e incansável, organizou mais um dos seus Jantares Literários, desta vez para homenagear, celebrar e divulgar os meus livros. É um evento muito especial, um encontro de amigos e de pessoas que gostam de livros, e ao longo da noite os livros transformam-se em música, pintura, escultura, dança, teatro, todos os pormenores foram pensados. Eu quis participar também e li dois textos: um que escrevi de propósito para a ocasião, o outro eram algumas páginas do meu novo romance. Havia sorrisos no rosto dos comensais que não são habituais nestas coisas da Literatura.

Um grande abraço a todos os que estiveram presentes. Obrigado pela disstinção. Até à próxima.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Che Parlino le Pietre"

Quando eu tinha vinte anos, fui viver para Itália. Estudei lá, no âmbito do programa Erasmus, durante um ano. Em Genova. Fiz muitos amigos. Aprendi a afastar-me do meu mundo e a aproximar-me do Mundo. E conheci a língua italiana, que creio maravilhosa e que, ainda hoje, de vez em quando, se atravessa nos meus pensamentos. Aliás, sempre que um texto meu é publicado em Itália, fico com a sensação de que o escrevi em português apenas para que pudesse ser traduzido para italiano.

E agora o Deixem Falar as Pedras foi publicado em Itália. Essa sensação é mais forte do que nunca.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"Acho que posso ajudar"

A história é esta: no último Julho ligaram-me a pedir que escrevesse um conto infantil para uma colecção de livros de digitais que o Diário de Notícias iria publicar. Eu respondi a verdade: não tinha vontade de escrever um conto infantil. Havia várias razões para isso, mas a mais forte era a falta de ideias e de tempo para desenvolvê-las nos dois meses que me davam até à data de entrega do trabalho. À excepção do meu primeiro livro, A Noite dos Animais Inventados, todos os outros partiram de ideias que arrastei na cabeça, ensaiando narrativas alternativas, diferentes finais, durante meses, em dois casos mais de um ano. Parecia-me impossível fazê-lo num par de meses, ainda para mais com as férias de Agosto pelo meio.

Não sei de onde chegou a primeira ideia, como habitualmente sucede com as primeiras ideias, mas ela apareceu sem grande esforço. Trabalhei a história e a personagem na cabeça durante as duas semanas que passámos no Algarve. Depois, escrevi a primeira parte durante os cinco dias que estive no Minho, entre as pausas da música da festa da aldeia. No final de Agosto, em Beja, durante as Palavras Andarilhas, tive a ideia para a segunda parte da história. E quando cheguei a casa, na semana seguinte, escrevi o resto do conto.

Entretanto, algumas semanas antes, tinha estado em Óbidos, na livraria Histórias com Bichos, com a minha amiga Mafalda Milhões e perguntei-lhe se gostaria de ilustrar o conto que andava a escrever. Há muito tempo que tinha vontade de trabalhar com a Mafalda e pareceu-me a altura e a história certas. Ela aceitou e fez duas ilustrações para o texto (por enquanto, nesta versão digital, são apenas duas) que eu adoro.


O conto chama-se "Acho que posso ajudar" e foi publicado na semana passada na colecção Biblioteca Digital do Diário de Notícias (na qual estão disponíveis vários contos inéditos de autores portugueses).

Podem encontrá-lo aqui.

Primeiro terão de se registar no site do DN e depois fazer o download GRATUITO do conto. Na versão Epub, para Ipad e para Iphone, as ilustrações são animadas.

Quero muito que o leiam e o partilhem. E espero que gostem.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Gatuno vai ao Porto

Um post curto, só para dizer que este sábado, 10 de Novembro, vou estar na Book House do Arrábida Shopping a apresentar o livro "O Gatuno e o extraterrestre trombudo", da Maria João Lopes e do Paulo Galindro. Apareçam. Levem a criançada.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Próxima paragem: Beja

No próximo fim de semana, em Beja, há Palavras Andarilhas. Nunca estive neste festival e há muito tempo que queria ir e agora vou e participo em duas actividades. Na sexta-feira, 31 de Agosto, às 11:00, vou estar à conversa com a Margarida Fonseca Santos e o Vergílio Alberto Vieira, com moderação de Rosário Alçada Araújo. Depois, no sábado, 1 de Setembro, às 18:00, vou ler, pela primeira vez em público, o meu novo conto para crianças "A CIDADE NAS ÁRVORES".

Estou entusiasmado, sobretudo com a leitura do conto. Escrevi-o no início deste ano, mas por percalços editoriais o projecto atrasou-se. Agora a coisa parece reencaminhada, mas não vou dizer mais nada para já. Se tudo correr bem, poderão lê-lo lá para a próxima Primavera. Claro que se quiserem ouvi-lo, basta passar por Beja no sábado.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O meu tempo

Estou há duas semanas em digressão. Estive dois em Chaves a falar com os alunos das escolas da cidade. Daí segui, para Viana do Castelo, onde estive mais dois dias, no âmbito do Festival Contornos da Palavra. Fui a casa um dia para descansar e depois fui à Sertã para a Convenção Anual de Bookcrossing. Mais dois dias de descanso. Depois passei uma manhã na Escola São João de Deus em Lisboa. Feriado. Ontem estive o dia todo na Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha. Hoje estou na Biblioteca Municipal de Abrantes. O conta-quilómetros do meu carro marca 2100km e ainda falta a viagem de regresso a Lisboa hoje ao final da tarde. Pelas minhas contas, nos últimos 10 dias, Falei para 1500 alunos e assinei cerca de 400 livros. Amanhã descanso. Domingo, se a chuva permitir, estarei na Feira do Livro de Lisboa, na Praça Leya, para rabiscar livros, para conversar, para ver amigos que não vejo há muito tempo. Mas a partir de segunda-feira, o meu tempo é outra vez só meu. Vou estar em casa, quieto e a conviver com o silêncio, que é um atributo do nosso mundo que eu prezo muito. Vou ler. Vou publicar um texto neste blog. Vou cozinhar um risotto de espargos e cogumelos e vou comê-lo sem pressas. Vou semear ervas de cheiro. Vou brincar com legos. E vou escrever - tenho tantas saudades de escrever.