quarta-feira, 23 de março de 2011
Sobre rabiscar em livros
A mão ainda me dói. Passaram-se umas quarenta horas mas a mão ainda me dói. Segunda-feira estive em Ílhavo, a convite da Biblioteca Municipal, onde fiz três sessões com alunos do concelho, duas em escolas, uma na pópria biblioteca. As sessões correram como vem sendo hábito: os alunos espantam-se com as barbaridades que digo sobre literatura e imaginação, entusiasmam-se com as histórias e episódios que conto, às vezes tenho que esperar um ou dois minutos por novo silêncio para conseguir voltar a falar, no final fazem muitas perguntas, algumas que levam preparadas de antemão, outras improvisadas no momento (gosto mais destas). Entre sessões costumo conversar com os professores ou com as pessoas da biblioteca, faço e antendo telefonemas que não podem esperar. No entanto, desta vez, entre sessões, tudo o que fiz foi ficar sentado no mesmo lugar a autografar livros que alguém, diligentemente, me colocava à frente. No total, dei 200 autógrafos, com respectiva dedicatória. De modo que os tendões da mão direita ainda se ressentem, o pulso continua dorido. É uma dor boa, claro.
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